Com o apoio da Associação Portuguesa de Nutrição, a Vitacress junta especialistas nacionais e estrangeiros. As receitas revertem a favor do IPO

 

 O uso de ervas aromáticas na alimentação mediterrânea não é uma tendência nova, mas ainda há muito por investigar na sua relação com a saúde. Nesse sentido, a Vitacress – empresa nacional sediada no Sudoeste Alentejano e cuja missão passa por proporcionar uma alimentação saudável – avança com a organização de um seminário sobre ervas aromáticas que conta com a participação de vários profissionais de saúde, bem como investigadores científicos, agrónomos e autores de publicações. A iniciativa pretende reconhecer a importância das ervas aromáticas, pelo que os temas abordados vão desde a agronomia até à alimentação e nutrição humana, sem esquecer a inovação.

O seminário “As Ervas Aromáticas – Nutrição, funcionalidades e inovação” terá lugar no dia 6 de dezembro, no Museu do Oriente, das 9h00 às 17h00. No programa – disponível em www.vitacress.pt –, podem ser encontrados nomes nacionais e internacionais de relevo. Durante o coffee break, estão previstos vários momentos práticos e de interação com os participantes, como uma exposição de ervas pouco comuns (como o manjericão com sabor a chocolate) e um showcookingcom o chefe Chakall. O evento tem o apoio institucional da Associação Portuguesa de Nutrição (APN) e a entrada tem um preço de 30 euros (com almoço incluído), com as receitas a reverterem a favor do Instituto Português de Oncologia.

Como reduzir o consumo de sal e gordura na alimentação?

Nos últimos anos – com o aumento do consumo sal e das patologias a ele associadas – as ervas aromáticas têm ganho destaque, já que são excelentes auxiliares na redução do consumo de sal culinário. É precisamente este eixo que Ian Rowland (Professor emérito de Nutrição Humana na Universidade de Reading, Inglaterra) vai abordar na sua apresentação durante o seminário. Formado em microbiologia, Rowland é atualmente editor-chefe do European Journal of Nutrition, tendo já publicado mais de 400 artigos. Em 2005, foi galardoado com um Doutoramento honorário da Universidade de Gent pelo seu trabalho na nutrição e cancro e está na lista de investigadores mais citados da Thompson-Reuters 2016.

E qual o papel das ervas aromáticas no tratamento do cancro?

Outro dos destaques da programação do seminário é a exposição de Teresa Serra (investigadora associada no iBET – Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica) sobre a “Influência das Ervas Aromáticas no Tratamento de Cancro”. Desde 2004 a trabalhar em tecnologia e ciência alimentar, Teresa Serra está atualmente a investigar os benefícios para a saúde de alimentos – como as ervas aromáticas – e os seus compostos bioativos utilizando modelos celulares. Neste momento, tem 32 artigos publicados, escreveu quatro capítulos de vários livros e já fez quase quatro dezenas de apresentações e mais de 60 comunicações em reuniões científicas nacionais e internacionais.

Será que realmente “somos o que comemos”?

Já Jekka McVicar, especialista em jardinagem orgânica, vai orientar a palestra “Somos o que comemos”, demonstrando a sua experiência na área. Em 1985, McVicar criou uma quinta de ervas aromáticas com o seu marido, sendo que detêm a maior coleção de todo o Reino Unido, com mais de 500 variedades diferentes. Em 2013, a especialista fundou a sua própria escola, tendo ganho até à data mais de 60 medalhas de ouro da Royal Horticultural Society. Jekka McVicar é ainda autora de vários livros de muito sucesso, nomeadamente o “Jekka’s Complete Herb Book” que vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo, e é colaboradora da BBC e do The Guardian.